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NARCOS VALE A PENA?

  • Foto do escritor: marketing429
    marketing429
  • 30 de nov. de 2013
  • 3 min de leitura

Nova série brasileira promete viciar os telespectadores.

Narcos é um documento histórico, não só sobre um episódio caro à Colômbia, mas também à América Latina, em geral e, sobretudo, para os Estados Unidos. Isso porque a série, com produção executiva do brasileiro José Padilha (Tropa de Elite), mostra de forma realista não apenas o surgimento e ascensão de um dos criminosos mais conhecidos da história contemporânea mundial, a saber, Pablo Escobar, mas como a omissão de um governo – notadamente os da Colômbia e EUA – pode gerar consequências no dia a dia do cidadão comum. Nesse sentido, Narcos é uma luxuosa reconstituição da época encenada por uma equipe de know-how internacional. Em sua essência é um thriller que, por diversos motivos evoca a filmografia do mestre Martin Scorsese.

Há muita ação, suspense, drama, claro, e até momentos que flertam com o humor e frases de efeito (“Claro que ele (Escobar) é santo. Manda as pessoas pro céu,” ouvimos um personagem dizer em dado momento). Contudo – e isso faz TODA a diferença aqui -, ao explorar, ao longo de seus dez episódios, a conjuntura sócio-política dos anos 70 e 80 (e a relação do governo norte americano, sobretudo, com a América Latina), fica clara a noção de que Narcos preocupa-se em não ser apenas uma obra de entretenimento.


E isso, claro, deve-se ao roteiro e à direção da série. Além de Padilha, que dirigiu os dois primeiros episódios, Narcos contou com outros três diretores: o mexicano Guillermo Navarro (que fez a fotografia de O Labirinto do Fauno e dirigiu episódios de Hannibal); o colombiano Andi Baiz (do remake latino de Breaking Bad) que foi responsável por episódios com forte teor político (episódios 5, 6 e 9), e o brasileiro Fernando Coimba (O Lobo Atrás da Porta) que comanda os episódios 7 e 8 que são quase que inteiramente focados nas impactantes e violentas consequências dos atos extremistas (como a explosão de um avião civil!) de Escobar contra o governo e a crescente rixa de seu cartel de Medellin com o de Cali.


A história de Pablo Escobar é tentadora (adaptável) e conhecida no meio audiovisual. Já foi tema de séries e filmes – como El Patrón del Mal (2012) no primeiro grupo; e Paradise Lost (ainda sem previsão de estreia no Brasil), com Benício del Toro, só para citar exemplos mais recentes – e continuará sendo (Javier Bardem vai incorporar a lenda em Escobar). O que Padilha e sua equipe fazem de diferente é – além de fugir da glamourização – ir mais além, ampliando o espectro para a escalada do narcotráfico. O formato, em episódios, claro, é perfeito para caminhar com calma (palavra não exatamente associável a essa série).


MOURA E O PÓ

Curiosidades: Narcos é uma criação do showrunner Chris Brancato (roteirista de Hannibal), ao lado de Adam Fierro (The Walking Dead), falada, em sua maior parte, em inglês, feita para o mercado internacional da plataforma de vídeos on-demand. Mas não se engane, como também é marca do cineasta brasileiro, a produção não foge à briga, tecendo duras críticas a Washington, principalmente às administrações de Richard Nixon (1969-1974), que fez vista grossa à chegada da cocaína nos Estados Unidos; e Ronald Reagan (1981 a 1989), que só tinha olhos para o bicho-papão do comunismo. Essa omissão foi imprescindível para criar o ambiente favorável à proliferação das drogas (no mundo). E está lá, documentado em Narcos. É de José Padilha a direção dos dois primeiros episódios, sendo o piloto, irretocável. Didático, sim, mas dinâmico, o início dá conta de apresentar a dupla de personagens mais simbólica para a série, os supracitados Steve Murphy e Pablo Escobar (Wagner Moura). E, melhor, com linguagem de cinema, com a espetacular fotografia de outro brasileiro, Lula Carvalho (de À Beira do Caminho, As Tartarugas Ninja e, um donut para quem adivinhar, dos filmes Tropa, claro). Ele assina a direção de fotografia de toda a série.


A história que Narcos nos conta é tão complexa, extensa e incrível, que o exercício da suspensão de descrença (quando o espectador aceita a premissa, por mais fantástica que ela possa ser, em favor do entretenimento) se torna uma constante tão inevitável ao longo desses dez episódios – finalizados num gancho que exige um novo ano que dê continuidade à trama -, que fica fácil acreditar na frase que é dita por um personagem em determinado momento da série: “Mentiras são necessárias quando a verdade é muito dura para acreditar.”



E vocês? Acham que Narcos vale a pena ou dá pena afinal?

 
 
 

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